Papo doido!

Minha irmã entra no quarto e pergunta:
-O que você acha desse chinelo com essa calça ?

Eu dou uma olhada, de expert, para o look e respondo:
- Hum! Acho que não combina.

Ela rapidamente afirma:
- Combina sim.

Fiquei calada, mas não pude deixar de pensar:”Oh! Deus, por que ela me perguntou se já tinha uma opinião formada ?


Ih! O ano está acabando.



 O ano está acabando ... Eu tenho várias sensações ao mesmo tempo. Acho que isso acontece com a maioria das pessoas, né ?  Eu fico pensando no que  eu poderia ter feito, nas coisas que eu fiz que eu não deveria ter feito e nas coisas que eu fiz e amei ter feito.
  Esse ano foi complicado desde o começo, já comecei tomando decisões importantes.  No começo de novembro fiquei com vontade de sumir do planeta , estava muito triste. Não achava motivos para gostar do meu ano. Pensei : “Joguei meu 2011 na lata do lixo.” Em dezembro, eu comecei a ler meu livros, assistir filmes e andar sem rumo pela rua. Estava tentando esquecer dos problemas, e eu consegui.  
   Eu comecei a perceber que os problemas se tornam menores quando não damos tanta importância para eles. Quando você “chuta o balde”, tudo melhora. Comecei a perceber que meu ano foi maravilhoso. Não consegui alcançar meu objetivo principal , mas conheci pessoas maravilhosas. Eu vivi momentos incríveis esse ano. Eu aprendi muiiiiiiiiiiiita coisa, me aventurei , fui em vários shows legais e fiz muitas outras loucuras. Percebi que se eu  ficar deitada na cama lamentando pelas coisas ruins que me acontecem, nada vai mudar. A dor  é inevitável, mas temos que lembrar das coisas boas também.
    Bom, esse ano eu vivi nos extremos. No extremo da felicidade e no extremo da tristeza. Tinha dia que eu chorava de tanto rir e tinha dia que eu chorava de tanto chorar mesmo.  Isso que importa, ter equilíbrio. A vida perde a graça se for muito fácil, né? sabe aquela frase que diz que o fracasso ensina mais que o sucesso? é super verdadeira.  O ano foi tenso, mas valeu a pena.


2012, estarei linda e bela esperando sua chegada. 

Momento tenso no Theatro Municipal.

 Foi num domingo à tarde, minha irmã entrou no quarto me chamando para assistir a orquestra sinfônica brasileira no Theatro Municipal (RJ). Por que não ir? Topei logo de primeira. Eu tive problemas sérios na hora de me vestir, já que no Theatro existem algumas regras em relação as roupas.Tenho um estilo meio louco, isso me traz complicações na hora de sair arrumadinha (vestido,salto).Depois de revirar meu armário,consegui achar algo bacana ( no meu estilo).


 Chegando lá, eu percebi que a platéia era composta, a maior parte, por idosos. Percebi também, que dava para contar nos dedos os negros do local ( loucura, né?).Sentamos nas belas cadeiras acolchoadas, e aguardamos.Um tempo depois, a orquestra sinfônica começou a apresentação ( maravilhosa como sempre). Eu estava super feliz,quando a minha garganta começou a coçar, foi quando o desespero bateu em minha porta. Virei, sufoca, para a minha irmã e disse:

-Minha garganta está coçando e eu estou com uma louca vontade de tossir, o que eu faço?

Ela, vendo o meu desespero, recomendou:

-Vai lá fora beber água, e volta quando melhorar.

 Nesse momento, eu já estava cheia de lágrimas nos olhos ( não era emoção).É que quando eu prendo a tosse, eu choro feito uma louca. Para não chamar atenção, procurei pela saída sentada, mas não achei. Não dava mais para segurar a tosse, me libertei e tossi cheia de vontade. Eu não conseguia parar de tossir, e parecia que fazia eco.As pessoas olhavam para mim, isso me deixou super envergonhada.A orquestra tocando e eu fazendo um fundo tossical.

 Foi tenso demais, tive vontade de enfiar a cara em algum lugar, mas aonde? Correr não tinha como, porque eu não achava a saída. Depois de uns cinco longos minutos consegui parar.Depois do mico, eu curti a orquestra feliz da vida.Mesmo com o meu ataque, foi uma tarde maravilhosa.

Os Ninguéns - Eduardo Galeano

As pulgas sonham com comprar um cão, e os ninguéns com deixar a pobreza, que em algum dia mágico a sorte chova de repente, que chova a boa sorte a cântaros; mas a boa sorte não chove ontem, nem hoje, nem amanhã, nem nunca, nem uma chuvinha cai do céu da boa sorte, por mais que os ninguéns a chamem e mesmo que a mão esquerda coce, ou se levantem com o pé direito, ou comecem o ano mudando de vassoura.


Os ninguéns: os filhos de ninguém, os donos de nada.

Os ninguéns: os nenhuns, correndo soltos, morrendo a vida, fodidos e mal pagos:

Que não são, embora sejam.

Que não falam idiomas, falam dialetos.

Que não praticam religiões, praticam supertições.

Que não fazem arte, fazem artesanato.

Que não são seres humanos, são recursos humanos.

Que não têm cultura, têm folclore.

Que não têm cara, têm braços.

Que não têm nome, têm número.

Que não aparecem na história universal, aparecem nas páginas policiais da imprensa local.



Os ninguéns, que custam menos do que a bala que os mata.

Bom Dia!

Enquanto eu tomo meu café amargo, eu compartilho esse clipe super fofo.

Estou de volta.

Eu comecei a escrever nesse Blog tem alguns anos ( não lembro o ano , rs).Foi muito bacana compartilhar meus pensamentos e minhas opiniões com os blogueiros.Eu comecei a ocupar todo o meu tempo, isso foi limitando o meu acesso ao blog.
Senti falta de escrever aqui,por isso resolvi voltar a escrever para passar o tempo e interagir com pessoas diferentes. 
Estou voltandoooo ... êêêê!